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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

TREINO É TREINO E JOGO É JOGO!

Quando um helicóptero tragicamente cai no mar, os passageiros precisam realizar procedimentos para evitar que eliminem a única chance real de sobreviver a tamanho desafio.

Precisa-se esperar a hélice parar de funcionar, soltar os cintos de segurança, destravar as portas, para então sair da aeronave para o mar. Este é o momento crucial. Muitos pensam que ao sair estão, parcialmente, salvos e nadam desesperadamente em busca da superfície, mas esquecem que o impacto os deixaram desnorteados. Assim, enquanto pensam que nadam em direção da superfície, na verdade, rumam ainda mais para o fundo do mar. Não sabem que o procedimento correto é usar o pouco ar que ainda resta para soprar debaixo d’água e observar para onde as bolhas de ar se dirigem, pois, inevitavelmente, deslocam-se para a superfície. 

Fazendo uma analogia com o  mundo corporativo,  as organizações estão expostas a todo o tipo de risco e, principalmente, às situações desfavoráveis de diversas naturezas. O que acontece é que, como muitas vezes não se têm uma experiência anterior de determinadas falhas, não se conhece o procedimento de correção e, na busca incansável de acertar, acabam por esgotar seu fôlego com uma tentativa ineficaz.

Quando se trata do comportamento humano, existem mais incógnitas ainda. O topo do desafio é o relacionamento interpessoal, em que a sobrevivência dos passageiros do helicóptero, por exemplo, assemelha-se à sobrevivência no próprio emprego e das empresas.

Os treinamentos têm por objetivo principal simular situações adversas e preparar as pessoas para enfrentá-las e superar as dificuldades de comunicação, de entrosamento e de performance. Treino é treino e jogo é jogo.  Quanto maior a capacidade de simulação e maior o improviso para testar soluções, maior a probabilidade de acertos. 

Um líder oriental disse que 60% do sucesso está na capacidade de organizar antecipadamente nosso contra-ataque, 20% em conseguir revisar antecipadamente o contra-ataque, 10 % em conseguir “re-revisar” o mesmo contra-ataque e, finalmente, 10% em conseguir realizar o contra-ataque.

Resumindo: é impossível prever tudo, porém, conhecendo o procedimento e aprendendo com as falhas alheias ou falhas anteriores, é possível maximizar as chances de sucesso.

Guardar o fôlego é essencial quando não se sabe para onde ir. Afinal, o velho ditado continua valendo: não há caminho certo para quem não sabe aonde quer chegar!

Sucesso e bom treino!


Autora: Abbadhia Vieira ­– Atriz e executiva em finanças. No momento, atua na TEM Soluções, empresa que  utiliza as técnicas teatrais para o mercado corporativo, o Teatro Business – www.tem.art.br

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