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domingo, 23 de março de 2014

PARE DE PENSAR COMO ADULTO

Hoje, as empresas e os profissionais estão sendo desafiados, a cada momento, a serem criativos. O ambiente de negócios está mudando muito rápido, e as empresas tem que ser ágeis em acompanhar ou se antecipar às mudanças. Mas não basta mudar. Tem que mudar inovativamente. É aí que a criatividade é convidada a entrar em cena. O excesso de raciocínio lógico/cartesiano nas organizações, e a sisudez conseqüente, tem matado a capacidade criativa das pessoas que a compõem.

Muitos se desculpam afirmando que nem todo mundo é criativo, ou tem a capacidade de fazer coisas criativamente. Eu afirmo, taxativamente: todos, os normais, temos a capacidade de criar. Alguns, por uma questão comportamental, podem não ter a iniciativa necessária para dar atividade ao que foi criado(cria + atividade = criatividade). Isso é outra questão. Mas criar, todos nós podemos; e é preciso estimulá-la. As empresas precisam estar conscientes em criar um ambiente propício ao afloramento das idéias imaginativas, desprendidas da realidade percebida(vigente), enfim, criativas. E isso é condição imperativa para o sucesso dos profissionais e empresas no próximo milênio.

Às vezes me pergunto porque a grande maioria das empresas bloqueiam a criatividade, inibindo a existência de um ambiente divertido, propício às brincadeiras, ao humor, ingredientes indispensáveis à imaginação criativa. E o que a brincadeira, diversão, tem a ver com criatividade? Você tem que, agora, transformar sua organização em um circo, ou um parque infantil? Não é nada disso. Lembra deste trecho de um pagode de sucesso, ”Brincadeira de criança, como é bom, como é bom!”. Se é tão bom, por que adultos param de brincar como crianças? Lembra quando você era criança, e em sua imaginação, a boneca se transformava como num passe de mágica em uma rainha? Lembra quando o carrinho que você puxava era, em sua cabeça(ou coração), um carro de guerra, prestes à combater o exército inimigo? É esse pensamento imaginativo, sem fronteiras, sem limites, quase irresponsável, e que você já teve quando criança, que pode estar lhe fazendo grande falta em sua atividade de trabalho nos dias de hoje. E é exatamente por isso que você e sua empresa tem sido vistos como os “eternos previsíveis”, imutáveis.

Digo-lhe, com todas as letras: em pouco tempo, isso vai matar sua empregabilidade, ou sua empresa. Vejo que são muitos os casos de empresas que não estimulam a criatividade. Um exemplo intrigante para mim, e que me perdoem os amigos publicitários, é o das agências de propaganda. Não entendo porque em algumas delas, um único departamento recebe o nome de criativo, se a criação é cerne do produto de uma agência. Quer dizer que quem tiver fora deste departamento, finalizadores, atendimentos, mídias, não podem se considerar como criadores? Posso estar equivocado, mas criatividade deve ser condição inerente à todo e qualquer colaborador de uma agência. É uma variável que deve permear toda a organização, e não intitular um único departamento. Considero isso, além de inibidor e desestimulante, um contra-senso diante daquela que deve ser a missão de qualquer agência: agir criativamente. Criar não pode ser encarado como uma função.

É um atributo, assim como o raciocínio lógico / matemático é em um banco. Ele deve ser uma condição presente em todos os que fazem uma organização financeira. Não caberia um departamento que produzisse isso. Em um planejamento estratégico, definimos o negócio de um departamento perguntando o que o departamento gera, produz, entrega. No caso do “departamento de criação” de uma agência a resposta é peças publicitárias, campanhas criativas. O produto final não é a criatividade, e sim a peça publicitária ou a campanha, que devem ser produzidas com criatividade. Saindo do exemplo e finalizando a reflexão sobre a questão principal do artigo, além do ambiente propício, agir criativamente exige uma atitude interior por parte do profissional. Pare de pensar como adulto. Pense como criança.

Aja como adulto. Quando pensar não busque, de imediato, racionalizar seu pensamento. Racionalize a ação. Ou seja, como uma criança suba em um muro e pense que é o Super-Homem ou a Mulher Maravilha. Mas, como adulto, desça logo em seguida. Afinal, você sabe que se pular, poder nenhum lhe fará sustentar no ar. E terá valido à pena? Sim. De cima do muro você descortinou um outro horizonte. Talvez a solução que sua empresa estava precisando. Ah! Não custa nada pedir à Deus, o criador, que lhe ilumine.

Bom trabalho!.


Autor: Paulo Angelim – Consultor de Marketing 

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